Demonstrar e sentir amor: dicas de como estimular esse sentimento nos bebês


Para os adultos, demonstrar amor por uma pessoa é algo relativamente simples. Quando falamos de bebês, as coisas mudam de figura, pois nesses casos as demonstrações de afeto são bem diferentes.


“Desde a barriga o bebê já sente o amor dos pais, se acalma com os carinhos, com o tom de voz”, explica a psicóloga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Acontecendo. “E logo ao nascer reconhece a voz principalmente da mãe, afinal ficou lá por 9 meses”.


Segundo a especialista, no início, até os 8 meses, é bem sutil esta demonstração de amor do bebê pelos pais. “Mas, sim, ele se sente amado e seguro quando está no colo, quando é amamentado, quando é trocada a fralda, quando é aquecido e abraçado, e especialmente quando cantam para ele”, diz Cynthia.


Na visão da psicóloga clínica Ana Cássia Maturano, a forma dos bebês demonstrarem o amor é diferente dos adultos.


“É um amor calcado na possessividade, como se os pais fossem parte dele”, explica Ana Cássia, que é coautora do livro Puericultura – Princípios e Práticas (editora Atheneu). 


Essa possessividade do bebê em relação aos pais, especialmente à mãe, é natural. “O primeiro objeto de amor é a mãe. No início, é como se o bebe ainda se confundisse com ela. Ele não faz essa distinção, é como se fosse uma coisa só”, constata Ana Cássia.


O amor do bebê nos primeiros meses também está muito ligado a segurança que ele sente quando está na presença dos pais.


“Tem mais a ver com essa segurança e que, como ainda se sente parte da mãe, há a sensação de que parte de mim está nela. É um amor mais possessivo, mais do que essa coisa carinhosa”, afirma Ana Cássia Maturano.


Cynthia Wood enumera algumas demonstrações do amor do bebê às mães.
“Eles se acalmam quando ficam no colo e ouvem a voz dos pais”, diz a especialista. “Afinal, desde o útero aprende a reconhecer a voz dos pais e ao ouvi-la, sabe que eles estão por perto e se acalma”.


A psicóloga fala também que são capazes de perceber o cheirinho dos pais e inclusive prefere este cheiro a outros. “Reconhecem o cheiro da mãe até em uma peça de roupa”, diz Cynthia.

Hora de mamar

Nos primeiros meses, o bebê não enxerga bem.

Por isso, na hora de amamentar é recomendável não cobrir o seu rosto, pois a troca de olhares entre mãe e filho é essencial para o fortalecimento do vínculo. “Sempre com delicadeza, a mãe deve cantar ou conversar. Isso acalma e conforta a criança”, diz Ana Cássia Maturano.


Sobre as autoras

Cynthia Wood é psicóloga e psicopedagoga na clínica Crescendo e Acontecendo.

Tel.: (11) 4113-2761

Ana Cássia Maturano - Clínica psicológica e psicopedagógica 
Edifício Morumbi Medical Center – Rua José Janarelli, 199, cj. 126
Tel.: (11) 9 9822-0029

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